Em São Paulo e no Rio de Janeiro as manifestações contra a proposta do governo Michel Temer estão previstas para acontecer no final da tarde desta segunda, respectivamente, na avenida Paulista e Candelária. Ainda nesta segunda, às 17h, as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular promovem ato em Brasília contra a reforma da previdência a partir das 17h.
A orientação é intensificar pelo país os atos contra a reforma na semana em que o governo Temer pressiona pela votação da Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 na Câmara dos Deputados. Na avaliação dos trabalhadores e militantes sociais, os protestos desta semana são estratégicos para influenciar deputados indecisos.
No aeroporto de Congonhas desde o início da manhã, Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou que a reforma da Previdência quer destruir com o maior programa de distribuição de renda do país. “A resposta da classe trabalhadora é dizer aos deputados que se votar não vai voltar. Quem vai ser mais penalizado com a reforma é o trabalhador, o povo pobre”, declarou Adilson. Na opinião do dirigente, a unidade dos trabalhadores é o caminho para derrotar os métodos “espúrios” que o governo tem utilizado para a aprovar a reforma, como a "compra de votos com dinheiro dos cofres públicos".
Em entrevista à rádio CUT, na manhã desta terça, o presidente da central, Vagner Freitas, comemorou as manifestações realizadas pelo país nesta segunda. “Somos vitoriosos. Temer não está conseguindo votar essa reforma porque não tem votos para aprovar a Emenda Constitucional que acaba com a aposentadoria. E não tem votos por causa das nossas mobilizações. Ganhamos o debate na sociedade, não é reforma é desmonte", completou Vagner.