Sindicato dos trabalhadores na indústria da construção e do mobiliário da região norte do Estado de Mato Grosso
O consórcio Santa Bárbara-Mendes Júnior, construtora responsável pelas obras do novo estádio Verdão, não aceitou a contraproposta apresentada pelos trabalhadores da obra. Há alguns dias, reunidos com o Sindicato da categoria (SINTRAICCCM), os funcionários rechaçaram a proposta de aumento salarial feita pela empresa, na qual o salário de um profissional da área passaria a cerca de R$ 1.150,00, mais R$ 100,00 de vale refeição. Na contraproposta, os trabalhadores pediram um acréscimo de R$ 150,00 no vale refeição.
O gerente da obra, Crispim Shekespare, comunicou hoje (28) ao presidente do SINTRAICCCM, Joaquim Santana, que a Santa Bárbara-Mendes Júnior protocolou hoje na Delegacia Regional do Trabalho (DRT-MT) um pedido de mesa-redonda para tratar do caso. Segundo ele, a folha de pagamento de fevereiro já teria superado a proposta de aumento feita pela empresa.
Porém, segundo Santana, a definição sobre a realização da mesa-redonda deve partir dos trabalhadores, não do sindicato ou da empresa. “Não podemos realizar esta mesa-redonda sem o consentimento dos trabalhadores. Caberá a eles definir os rumos da negociação”. Ele informa que antes de qualquer decisão, vai convocar uma reunião com os trabalhadores.
A empresa Santa Bárbara-Mendes Júnior tem até as 17 horas de hoje para se posicionar sobre a realização de uma reunião com os trabalhadores.
Salários
Os salários que eram pagos pela Santa Bárbara-Mendes Júnior obedecem à convenção coletiva da categoria, que estabelece piso de R$ 587 para serventes e para pedreiros R$ 772. Valores muito abaixo do mercado, reclamam os trabalhadores.
A negociação com o consórcio começou há cerca de um mês, quando trabalhadores revoltados com os baixos salários acionaram o SINTRAICCCM. Nesta data, foi dado um prazo de 30 dias para que o consórcio apresentasse uma contraproposta, o que foi na semana passada.
Esta contraproposta foi rejeitada pelos trabalhadores, que reivindicaram mais de R$ 150,00 de vale refeição. Esta solução foi novamente rejeitada pela empresa, que quer agora a realização de uma mesa-redonda na DRT.